Eu nada fiz, porque roubaram minha esperança

Eu nada fiz, porque roubaram minha esperança.

Cada feito que a inspiração cavava em meu coração, eu desabotoava em algo belo, como escrever poesias. Mas as pessoas que ao meu lado estavam, não se faziam presentes, como meus pais. Não sabiam o que eu escrevia, por pura falta de tempo ou atenção. Naquele tempo, só liam Carlos Drumond de Andrade, Cecília Meireles e Olavo Bilac( sim, foi por causa do hino com sua poesia). Mas, alguém assim, tão comum, como poderia escrever poesias, para que? A inspiração não me dava trégua, e amontoavam-se nos cadernos comprados na mercearia ali da esquina.

O tempo foi passando, e nada de livro de poesias publicado. Isso daria algum dinheiro? O retorno buscado não era exatamente o financeiro, mas de reconhecimento. Nada eu fiz, porque não me deram a esperança e nem ao menos um elogio, para que a esperança pudesse ficar ao meu lado.

Quando a morte bateu a minha porta, aí me dei conta que era preciso viver, mesmo quando nos roubam a esperança.

O tempo corre, bem depressa...Mas ainda é tempo de recuperar a esperança roubada.

Não ligue para crítica, seja feliz com o que você produz.

Alguns vão achar sem graça o que de dentro de você emerge. Não ligue. Outros merecem teu respeito, e por esse que você deve fazer, ou melhor, primeiramente por você mesmo.

Não importa a quantidade de pessoas que te aprovam, o importante é a qualidade das pessoas que te admiram.

Portanto, faça tudo, sem perder a esperança, guardando ela muito bem segura em seu coração.

Gedeane Costa
Enviado por Gedeane Costa em 23/09/2018
Código do texto: T6457318
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