Crimatacentrismo

Sabedoria da semana: não é porque um projeto de vida não me serve que ele seja absolutamente inservível. Há quem viva simplesmente para adquirir bens, em eterna busca pela expansão de seu patrimônio, estudando para trabalhar, trabalhando para lucrar, e lucrando para comprar – móveis, imóveis, automóveis. A medida da cidadania passa a ser a capacidade de consumo e o trabalho se converte em pura e simples fonte de renda, definido e justificado tão somente pelo seu caráter rentável, isto é, dinheiro proporcionado. E está tudo bem para alguns, que inclusive escolhem, deliberada ou fortuitamente, dirigir as respectivas vidas nesta direção materialista, encarando-a como sinal de sucesso e prosperidade. Eu, contudo, não.