Distância Tão Próxima.

Ah o amor....

Quantas peças ou ciladas ele nos apronta dentro dessa nave louca em que chamamos de vida. Quando você se depara com situações onde você simplesmente chega à conclusão que não dá mais para continuar, ou que sente dentro da alma que não adianta mais levar a diante sentimentos que antes era tão desejado e que se tornaram esquecidos ou (camuflados) dentro do peito. E de repente você acorda e se depara com a notícia de que apenas dez minutos de distância o levaria para perto daquele que se fez tão distante e vazio. Tão perto e tão longe ao mesmo tempo...

No caminho para concluir a sua jornada de saudades e vontades, uma simples parada o levaria ao encontro com o acaso que em tantos momentos se tornaria recíproca a vontade de ver, olhar e sentir. Na mente a mais vaga lembrança de olhares e lugares que ficaram na memória. Desejos e sentimentos que ficaram no peito ao lembrar-se do jeito e do aperto ao ter dentro de si o segredo daquele olhar que se refaz a cada piscar ou pensar.

Ah o amor...

Que nos invade, que nos restaura, tão sublime e perfeito ou imperfeito? Que chega nas horas mais impróprias, nos momentos em que teria que ser esquecido, dilacerado, mas que se renova a cada momento. O amor que nos move que nos comove, que nos tira a razão. Que nos perdemos nos sentimentos e nos convida a viver com a emoção do frio na barriga, com aquela velha sensação do primeiro encontro. Nos sentimos como personagens de uma história real em que o fim se torna interminável.

Ah o amor....

Com suas artimanhas e entranhas que nos pega de surpresa e nos torna presa dentro dessa nave louca que chamamos de vida...

E nós? Continuaremos a nossa viagem, sentindo as emoções, vivendo as razões que nos levaram até aqui. Sobrevivendo as ilusões em que o coração nos prega e nos tormenta com sentimentos desejados ou limitados. Dessa nave levamos apenas os momentos e dentro da alma o desejo de ter aquele sentimento mais uma vez por perto. Não mais distante.... apenas diante dos olhos que jamais se esquecerão.

Mayra Gomes
Enviado por Mayra Gomes em 15/10/2018
Reeditado em 15/10/2018
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