DeComposição

Me camuflo nas sombras, me olho no espelho e não me conheço, despertei sem querer acordar, abri os olhos sem poder enxergar, mergulhei sem poder respirar.

Não sei mais, juro que não!

Que tentei até, que senti a fé em mim, mas deixei de acreditar, que acolhi e inúmeras vezes não dormi tentando entender, que passei ao teu lado e tentei me aproximar, que carreguei no olhar o que queria falar, que até tentei iniciar os passos....

Talvez ou certeza que fui inseguro como sempre, sem plantar a semente, sem colher, e só sentir o coração se perder sem sentido, se devo insistir em sentir ou desistir logo de uma vez, quem me dera ter esse controle, é só ver para sentir, é sorrir para entender da sombra ao passo.

Numa noite qualquer me debruço no soluço do meu peito, ao peso que não mensuro nos ombros, conversando com anjos e desabafando com demônios, sob os escombros da vida, sobre a saída que tento encontrar, e posso até te contar que as vezes há luz, mas sou forjado nas sombras, já não sei o que me conduz entre feixes ou flashes que sempre se apagam.