Razão, motivo e ação

Motivação: algo que motiva a ação, estranho pensar assim, principalmente quando a motivação geralmente esta ligada a pessoas. Mentira tentar negar, loucura fingir não ser a mais pura verdade, que, aqueles que conquistam nosso coração exercem um grande poder sobre nós, poder este, que nem se dão conta, deixando às vezes nosso coração meio esquecido...

Passa o tempo, amigos vêm e de repente somem, amores que esfriam até morrer, amores que surgem e enlouquecem por serem simples demais para a razão domar, pois esta, se atém a afazeres complicados e se nega a tratar das emoções, estas loucas desvairadas que se escondem inclusive no lado oposto do cérebro!

Disfarço esta saudade doida de meus velhos amigos, pois me perco desejando aquelas palavras certeiras de outros tempos, me vejo, então, apaixonada sim, mas sentindo falta de coisas que deixei para trás... Amigos: não encontramos em qualquer esquina, é tão trabalhoso se deixar sentir apego e carinho, é tão complicado deixar de temer e se mostrar nu e cru a alguém... Meu silencio esconde loucuras e devaneios de poetas mortos, de outros “eu” também mortos ou suplantados, sou resultado de uma serie de guerras internas e agora vejo, simplesmente, que meus companheiros de caminhada seguiram outros rumos e eu permiti!

Não vou chorar, por fora não, pois é minha alma que sente dor, e não meu corpo, claro que sem corpo não existo, a alma não sai andando por aí, mas é na ilusão dos pensamentos que me vejo sofrendo, pois dia a dia empurro bem, nesta solidão que tende ao egoísmo, só não me preenche, só não me contenta tal situação...

Admito, então, que por mais que tente impedir, me torno pouco a pouco um monstro, sim, um ser grotesco que não confia e que vive de passado, contando com amigos que de tão distantes quase são estranhos, me negando a crer, a maior parte do tempo, que novidades são boas, pois quanto mais pessoas conheço mais firmes, descubro, estão as mascaras, a ponto algumas vezes de confudir as proprias pessoas: onde termino eu e começa a armadura?

Por que ele insiste? Quem? O relogio, é um tic tac tão constante e angustiante que tenho vontade de destruí-lo! Claro que sei que não é o objeto que me incomoda, mas sua representação limitadora... O tempo, que me escraviza e me assusta, que me lembra a cada instante de minha finitude, pois escoa numa rapidez insana e devora o tempo e a memória. Morrendo aos poucos escrevo, deixo minha marca, ou apenas meu desabafo de mera mortal, cantarolando a ultima musica que me fez refletir, e me esquecendo dela segundos depois, me vendo como contemporânea de um mundo que já está no passado almejando um futuro virtual... Atrevo-me a questionar, atrevo a me revoltar contra tudo, até contra este "eu" limitado, se adianta, meu caro leitor, não posso dizer, mas garanto que viver como quem morre, sendo levado pela maré não é vida, e não suporto, penso penso penso, até enlouquecer, vivo no cogíto ocidental e pulo de cabeça, mas mantendo sempre meu sentir profundo de poeta, tentando não deixar morrer a fé e a simplicidade do olhar que me impulsiona, minha motivação...

Me descubro triste neste dia, começo a frase com um erro classico, acho que o me não cabia ali, mas tanto faz, pois não tenho os abraços carinhosos de minha paixão, pois o capitalismo nos separou, chorar? Ah não, tenho que estudar, sonhar nos intervalos, esperar com fé que hoje chova flores, ou pregos, acho que pregos tem mais chance... Vou contar uma historia linda pra mim mesma, quando for dormir, e sonharei com os olhos demoníacos de minha insensatez, mas como a vida continua paro, antes que isto vire um testamento... ( e me leve a morte...) Não creio que algum leitor chegue até o final, nem peço tal absurdo, mas se chegar espero de coração, que minhas palavras causem reflexão, não me derramo com o intuito de ser vazia, me derramo para renovar meu conteudo dividindo antes a quem o desejar...Que alcances paz e plenitude caro leitor...

T Sophie
Enviado por T Sophie em 11/09/2007
Reeditado em 13/09/2007
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