Ser Umbanda, que eu seja

Bendito seja o solo sagrado que minha alma escolhe e a acolhe;

Benditos sejam as mãos que me estendem e o colo que acalenta;

Benditos sejam os Mentores que me guiam e os Mestres que me amparam;

Benditos sejam os Tronos Divinos que me projetaram e protegem;

Que um bendito instrumento eu seja ao levar a meu semelhante:

- A bandeira de Pai Oxalá, e que por meio dela, ele encontre a fé noutros tempos deixadas para trás;

- O abraço de Mãe Oxum, por meio do qual, ele encontre o amor;

- Que seja eu o Tempo dispendido de Mãe Logunã e alegria das cores de Pai Oxumarê ao ensinar sobre o arco-íris e esperança nos sorrisos das crianças;

Que eu seja o colo do equilíbrio para o irmão angustiado e o calor para o irmão que sente frio, pois assim terei sido a portadora das energias equilibradoras de Pai Xangô e acolhedoras de Mãe Oroiná;

Que seja o instrumento a levar ao irmão mais frágil a energia marcial de Pai Ogum, direcionada e protegida pelos ventos e a espada de Mãe Iansã;

Que eu possa transmitir a resiliência e a força de Mãe Obá, assim como a destreza de Pai Oxóssi para a lida diária;

Que ao irmão enfermo eu seja a cura de Pai Obaluaiê no colo sagrado de Mãe Nanã Buruquê;

Que eu possa ensinar as muitas vidas dentro das possibilidades geradoras e criacionistas de Mãe Iemanjá e que seja o caminho para um novo começo nos domínios sagrados de Pai Omolú.

São Paulo, 22 de outubro de 2018.

Fernanda Fernandes

Fernanda Hanna
Enviado por Fernanda Hanna em 23/10/2018
Código do texto: T6484366
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.