A solução do Caos: O Estoicismo.

"Por um instante pensei está um tanto insensível, posto que, diante de tanto percalço da vida não tem sido fácil, para ninguém, sobreviver às intempéries que dia a dia tem aparecido a mim.

E, por isso, me sentia, quase um velho, em idade, parecendo que já vivera várias décadas ou quem sabe, um centenário, pois nada mais me causava espanto, nada mesmo.

Sentia absolutamente nada, e não me incomodava os fatos que me eram contados, as histórias da humanidade que, ainda hoje, ao invés de progredi retomam num estado de barbárie que não tem nem graça de ser.

E me sentindo apático a estas dores naturais, humanas, lembrei duma corrente filosófica chamada: estoicismo, a qual pregava o preparo, de certa forma, da mente para estes momentos do caos em que nos encontramos.

Diante de tanta exigência da vida e dos pedidos que nunca terminam, os quais insistem em nos obrigar a estar e não a ser, de fato, a mostrar, e não a possui, de verdade. Eu, quem sou eu diante dos homens? Obrigo-me a não ceder aos caprichos de uma sociedade doente e exigente, e tento passar despercebido na fila da prestação de contas, não burlando o sistema, mas lutando incessante para não ser devorado por ele ou mesmo eliminado por não aceitar as suas desumanas cobranças de uma dívida não contraída, mas que terei de pagar a qualquer custo.

O preço, mesmo considerado um tanto caro, alto e desleal, terei de pagar, mas o que me resta é vigiar para não me deixar dominar a ponto de eu perder a minha sanidade e beirar à loucura, como tantos adolescentes e jovens que cedem aos seus encantos e terminam as suas vidas já fracassadas a caminho do suicídio. Eu não, eu nunca!

Penso sempre em manter-me equilibrado e atento a tudo, a cada exigência, a cada abuso, a cada excesso de obrigação que é imputada cotidianamente em meus lombos.

E, quando me dou conta já estou vivendo o estoicismo, porquanto sobreviva ao caos, ao meu caos e ao que impera na sociedade, mas mantendo-me íntegro, ético, fiel a mim mesmo, agindo sempre com equilíbrio e exercitando a paz diante dos homens e de todos, preferindo caminhos amistosos em vez de estimular a guerra ou ceder ao costume da treta, da lide, da briga, ao descontrole de muitos que, para mim, não tem razão de existir.

Mesmo sem ioga, ou qualquer tipo de relaxamento, mantenhamo-nos equilibrados, sadios de mente, corpo e alma, vivamos o amor, a paz e o equilíbrio sempiterno nas relações, façamos da nossa vida uma jornada de sucesso, sem querer esperar do outro ou mesmo de Deus a solução para os nossos problemas. Chega de transferi responsabilidades, assuma o seu controle. Não dá mais para ser carregado pela vida.

Somos a solução que tanto almejamos, temos a oportunidade de ser quem quisermos. Exerça a sua autonomia individual, responsabilize-se por seus atos e viva, apenas isso."