Encarceraram Minha Esperança

Cultivei minha esperança desde de criança, quando ia descalço para a escolinha infantil na fazenda do Manuel Martins, no Município de Tarumirim MG. Cultivei a esperança na adolescência e trabalho duro na roça. Cultivei-a quando servi o Exército. Cultivei a esperança mesmo no desemprego, biscateando para salvar o almoço com esperança na janta. Uma esperança chegou na voz rouca das ruas. Isso irritou os abastados e os abestados, com o vírus hidrófobo.

Sobre a cor verde, misturado com a cor do sangue lancetado do coração de Jesus. A larva dos charlatões, os falsos profetas, ajudaram a criar o ódio de classe. Voltei a estaca zero para a esperança, minha e dos pobres de Sul ao Norte e Nordeste. Temos que criar estratégias para vencer esses tempos obscuros.

Lair Estanislau Alves.