Dor que não se cala
Olho o relógio, são 3:00 da manhã
Já é domingo, mais algo me perturba
Me viro ao lado, não tenho ninguém
Meu coração calado, dóia e sangrava por dentro,
Aperto bem os meus olhos
e num piscar de olhos já não me reconheço
quando eu mexo nas lembranças que remetem ao passado, me perco nos tantos porquês .
Olhando uma coletânea de músicas salvas,
em que não se tinha muito tempo para ouvir no decorrer da semana. Me pus a ouvir, e mais uma vez meu coração disparou, como sempre, lá estava ela, aquela velha música, que me levava novamente a pensar em coisas em que eu queria esquecer
Prometi, prometi com todas as minhas forças,
Mais nunca entendo o que me faz voltar e regressar
É como se eu sentasse em um chão frio, enquanto via a vinheta da minha vida passar. Isso doía muito, ainda dói
Eu não entendo o porque. Mais eu precisava voltar ao meu canto e me expressar, jogar aqueles sentimentos e fazer alguns rabisco, sem saber no que ia dar ao certo.
Porque eu tento ser forte, mais dói, sempre dói. Tudo o que eu queria era apenas parar com essa montanha russa em que me tornei.
Meus conselhos já não flui como antes, não consigo ajudar quem preciso, me sinto de mãos atadas. Isso me consome, esse sinal de impotência, não sei como reagir. Não sei o que adiantaria se achasse uma solução, nesse fim de túnel em que só vejo escuridão.
Escuridão em que me encontro por dentro, meu olhar sempre sereno é capaz de mostrar o quão positiva eu possa ser, ou quão boas energias poderia te fazer crer. Mais aqueles sentimentos sempre me corroiam por dentro, não sei como parar, onde desliga, ou como faz. A única coisa que sei, é que eles estão bem camuflados, secretos, escondidos em entulhos que não sou capaz de mexer.
Então me levanto, faço meu chá matinal, e esqueço todos os turbilhões de pensamento engavetados e que escondo bem aqui por dentro.