Pensamentos

Saio no quintal e acendo um cigarro

Gesto tão costumeiro, pouco diverso

A rua parece uma pintura, nunca muda!

Sempre o pacato bairro, diferente de uma rua augusta

Por dentro sou caos, por fora serenidade

É sempre assim entre os jovens da cidade?

Sinto-me tão limitada nesta vida

Mas já aceitei que a vida assim o faça

Porque há maior correnteza que me arrasta

A ficar do que partir.

Quando escrevo minhas costas começam a formigar

Não sei por que isso acontece, mas sou supersticiosa

Algo mexe em mim, algo se encosta

Sou uma antena, um para-raios

Absorvo energias diversas

Agora, enquanto escrevo, sei lá de onde me sai essa!

Fumo para gastar o tempo, o pouco tempo que tenho

Mas digo: já aceitei a vida, o destino que cada um de nós temos

E para finalizar esse pensamento estranho

Digo que sou uma ovelha negra sem rebanho.

Dienis Mel
Enviado por Dienis Mel em 16/03/2019
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