Ser e Ter

Em toda minha história, desde quando eu me entendo por gente, eu sempre quis “ter” ou “ser’”... Verbos transitivos que a gramática não distingue como eles podem ou não modificar nossas vidas. “Ter” seria meus sonhos materiais e sentimentais, como por exemplo: ter um carro ou ter um marido... mas verdadeiramente nós não temos algo, nós apenas possuímos momentaneamente tais coisas, nada nos pertence, pois não podemos levá-las conosco para sempre, elas nos são retiradas por qualquer desejo ou vontade alheia. Já “Ser” é um verbo anômalo que representa o que deixamos para os outros, hoje ser feliz ou não, é uma decisão minha, não preciso de ninguém para me impor e dizer se posso ou não ser feliz, minhas ações de hoje refletirão no entardecer e é lá que vou saber se SOU feliz...

Com o passar dos anos, dos desembarques e embarques, quedas e levantadas, choros e sorrisos posso assumir plenamente a responsabilidade de “TER” ou “SER” o que acredito, tenho aquilo que me é necessário diariamente: Luz solar, alimento e disposição para adquirir, mesmo que momentaneamente, algo, por isso posso decidir por mim o que tenho ou quero ter, oque o que sou ou serei...