Digo-lhe

Digo-lhe com total certeza que o que direi é sincero, mas de uma falsidade tão grande e frágil que a camada formada pelas junções de palavras se desmanchará aos poucos, o que irá possibilitar uma infinidade de respostas e perguntas cruciais e provocadoras, enfim: “A busca pela resposta da vida é o maior calcanhar de Aquiles de um homem. Nada se submete ao credo de um certo ou errado, as raízes primordiais da vida foram formadas a partir de aleatoriedades e inocentes ações diretas e indiretas, minto, digo-lhe que foi tudo muito em devaneio, muito silencioso e ao mesmo tempo um grande “nada”, sem ações, sem movimentos, o puro e o quieto “nada”. Tudo é um e um é tudo, é marcado em linhas lineares que se encontram e se cruzam em algum certo momento de um todo da vida tanto existente e inexistente”.

A verdade é o fruto mais visível ao alcance do homem, mas podre por dentro com sementes intactas e mais duras que diamante, onde cada plantação é gerada uma nova ideia e recursos necessários para o avanço da humanidade e indiretamente da vida como um todo.

Os insetos, as bactérias e os humanos, todos tem algo em comum, mas o ser humano é o único em ser contraditório a ponto de buscar a longevidade da vida e se desmaterializando de corpo e alma por um bem que no final, não é o que o ser humano realmente queira. A vida é preciosa para alguns, mas ao mesmo tempo é algo cogitado por nós, não os aceitamos, de varias formas possíveis, temos medo, temos angustias, temos ansiedade pelo tempo, ao mesmo tempo uma paixão fragilizada e unicamente preciosa por ela. Então como eu disse, nunca saberemos de fato sobre tudo, sobre a vida, sobre o tempo, sobre a existência, até o ouro mais reluzente aos olhos, ali se encontra a molécula mais tóxica já conhecida, ali se encontra a origem, ali se encontra a infinidade de vida e a única morte.