Pós-realidade
A inocência se foi a doces penas... A custa de muita felicidade, de muita oportunidade e de muitas vitórias!
O que fazemos agora?
Seguimos em lados opostos, em mundos distantes, absolutamente desconhecidos. A felicidade indistinta para ambos é o que desejo do fundo de minha alma. Nunca deixou de ser assim, nem nos piores dias que me reservou sua partida.
Não há mais unicidade de almas, mas também a dor do incerto se foi, doeu muito e, enfim, cicatrizou...
A cumplicidade virou apenas uma lembrança, como a lembrança de um lugar que se visitou, mas que em nenhum outro momento, daquela existência ao menos, será novamente tocado por nossa presença.
Ultrapassamos muito a marca de um lugar, onde há muito tempo atrás, nem imaginávamos o paradeiro de seu destino final, um horizonte tão infinito que temi muito começar a trilhá-lo, mas insisti e trilhei.
Hoje, olhando para trás, vejo igualmente tão distante de mim, aquele horizonte que antes me era tão longínquo e infinito.
Ultimamente, sigo por caminhos menos turbulentos, mas não me arrisco menos nas escolhas que faço, também hoje.
O tempo me trouxe a lugares onde nunca imaginei estar, o sentimento de extrema liberdade revela que estar consigo mesmo é libertador.