Sobre ter o corpo pedinte e o coração apaixonado

Caminhando entre rochas, rochosos sentimentos embutidos em meu coração. Múltiplas possibilidades e sensações de existência.

Crescida dentro do óbivo, padeço ao reconhecer-me, frente ao espelho aceitando-me carne e osso dentro da morada chamada corpo

Ele pede. Pede muito e exige das nuvens, dos ventos, da natureza, de forma egoísta, para que lhe dê repsostas

Do porque não pode ele voar sendo que o que tem dentro são asas tão grandes que machucam por não expandirem.

E prendo-me no oculto, então.

O maior vôo que consigo alçar tendo corpo é a paixão.

Paixão pela vida e, por hora, essa sensação que predomina, faz as veias pulsarem, a cabeça focar, as portas se abrirem, a alegria contaminar e a confusão prevalescer.

Paixão também pelo sexo específico que me dilata as pupilas, desenhando no meu peito o próprio aperto. Tomando forma de bicho que tem voz alta.

Eu a amo. É um fato de minha vida desde que ela cruzou meu olhar mais profundamente, desde que seus lábios tocaram os meus, eu a amo.

E me colco no desafio de amá-la

Me coloco no desafio de a querer, porque antes disso, preciso me querer muito mais.

Antes de ter a força de amá-la tive que criar forças para aprender me amar.

Gabi Batoni
Enviado por Gabi Batoni em 31/05/2019
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