Sempre Tempo

Um dos maiores mistérios da vida é lidar com o tempo. O tempo não permite ensaios, ele é indomável em seus efeitos. Sincronizado com a aprendizagem, esgotado pela paciência. Ele é a ausência de estagnação, o efeito do movimento, a certeza que algo mais profundo rege o universo, não se pode desafiá-lo e sair vitorioso, o tempo sempre ganha. Se somos agentes da construção de nossas histórias, somos pacientes da inerência desgastante do tempo. Nunca ausente, sempre e sempre presente. Seria um deus? Estaria ele a serviço de um? Em meio a tantos questionamentos da humanidade, morte, vida, voar, clonar, evolução, digreção. Parece que o tempo é mais um agente limitante da raça humana, posto para nos podar, nos limitar, nos freiar. Qual seria o limite do homem sem o tempo? Se o amor é uma oferta de liberdade, o tempo seria a limitação dessa oferta, seria a liberdade por um tempo. Deixe-me definir o tempo: O tempo é a representação no espaço de um evento causal contado a partir de To iniciado por um cataclisma, ou seria a relação direta de nossas afeições com a intensidade com que nos aplicamos nela diariamente? Ou ainda, seria a ilusão do que entendemos por duração? Quiça, as três e tantas outras...