O Porvir inextocável

Um pensamento é um conjunto de vocábulos conectados. Mas ver no pensamento verbete do real e da ação que incumbe regras sensacionalistas do ato à certa unidade de razão entre os humanos, isso é no mínimo coisa do espanto e do riso. Nem a sintaxe explica completamente tamanho devaneio social pelo contrato. -Razão! Gritam os mais entusiastas das sílabas encantadas, morfo-logicamente, na forma da lógica (certas lógicas).

Pois acontece assim, às 8:30 de uma manhã de uma sexta, um homem saí de casa e é indagado por um conhecido: - Tem pacaia (tipo de fumo) aí rasta? E outros chegam; (- Mão na cabeça. Delegacia, tumulto!). E já fazem três horas que nada acontece, a não ser, minha agonia pois, me atraso para pegar meus filhos na escola às 11:30hs. Pondo o fato de ter de ir no supermercado, - coisa que já perdi muito tempo -, tudo bém. Mas e se não houver a houver a tal da doutrinação das sílabas pela tarde, o que direi para meus filhos e a sociedade?

Me pergunto sobre a razão e subtamente fico triste. Não consigo cumprir minha meta diária, e então sigo nervoso. Faço barulho na tal delegacia, e um moço, por moço que é, entende que eu estou fazendo barulho e não querendo buscar meus filhos na escola.

- Ufa! Acordo. Ainda bém que é só um sonho tudo isso, ou quem sabe uma fantasia, um medo, um terror talvez, quem sabe, não sei. Talvez seja vítima da minha intuição, largada no medo, cria medo, talvez, quem sabe?

Por fim percebo que a razão não é a minha que vale, nem a de ninguém em particular. Na verdade a razão é sempre de certo conjunto, que já tem pré-configurado na consequência da vida humana sinais de desespero que o escravizam senão gradativamente, por outro lado lhe implicam subtamente. Cheques são dados, cartões, padrões e trabalhos, um mundo de devedores da boca. Eternos devedores para os éticos, aqueles que dão o padrão do agir e da oferta. - Os senhores! - Não abrandemos!

Pensar em nada ou pensar em que? - Ler! - Zumbir, Zumbi! Insuficiêntes acolhimentos. Lugar comum da dor, das desgraças alheias e da pobreza comum, sangues, feições de terror por todo o lado, assassinatos diários, fome, espancamentos generalizados. Arte: parte da salvação da vida; - Parta! Talvez. Entretanto cabe em algum outro sentido, daqueles tipos que se prolongam em instantes, amantes. Até esse deve ser ensinado.

De todo modo o caos corre, de onde nós precisamos decidir, agir no parar de matar. Amar, reatar pacificamente o respeito pelos outros, pela natureza, pelos diferentes. Pois que fique dito;

- Quentes ou frios,

quem manda é o universo,

que na temperatura do verso,

transfere sua pressão.

Quem sabe a luta é ação,

de um fim determinado,

Mas o que nunca é dado,

harmonioso, se sustenta,

tenta.

Que a luta esteja convosco, momentos de re-ajustes.

Pingado
Enviado por Pingado em 07/06/2019
Reeditado em 07/06/2019
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