Perdida no tempo

Hoje gostava de ser feliz e não consigo, olho para trás sinto tristeza pelo que não aprendi e vivi, arrependida não sei mas quem sabe se valeu a pena eu ter tido os olhos fechados para a vida.

Hoje quero gritar, soltar a criança que em está em mim e ela não se solta permanecendo presa na gaiola do tempo.

Olho e vejo os muros pesados como fardos que ergui a minha volta sem poder derrubar, derrubar sem magoar as pessoas que comigo vivem, queria ser ave e voar para um mundo diferente mais solto e mais alegre.

Busquei no silêncio as respostas de quem sou e eco do tempo, nada trouxe nada disse, permaneceu no mais absoluto silêncio.

Vesti as minhas vestes negras no limbo da minha eternidade buscando a luz que eu vejo bem ao fundo de algo, não sei mas ela esta lá mas não a alcanço.

Queria resgatar os meus erros, a minha vida e foi completamente ceifada sem piedade, vejo que choram a minha partida, lágrimas de sangue mas eu preciso de tempo de me perdoar e ser perdoada.

Como eu posso ter feito tanto mal, magoando sem piedade, não posso e não quero acreditar que eu também o fiz mas eu quero ser perdoada e me perdoar

Talvez esteja no meio de nada e centro de tudo, vejo que preciso de me encontrar a mim mesma, aprender, evoluir nas etapas do céu e na minha penumbra eu me sinto tão aprisionada que nem consigo falar que eu estou aqui entre esta vida e outras que estarão por vir...

Sinto

Betimartins
Enviado por Betimartins em 26/09/2007
Código do texto: T668985
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