E NO FINAL DAS CONTAS...
E no final das contas,
Caminhamos a procura de respostas de perguntas que nem sabemos formular.
Desejamos objetos especificos e nem sabemos como usar.
Agraciamos boas maneiras que nem sempre, ou nunca, tivemos a decência de doar.
Queremos certas emoções mas no fundo, nem temos ideia de como vamos ficar quando ela chegar.
Julgamos o que nos incomoda sem perceber que trata-se apenas de um reflexo do que temos medo de assumir em nós mesmos.
Queremos respeito, mas não sabemos respeitar
Queremos amor, mas não sabemos o que é amar
Queremos consideração, mas não olhamos para nada além do que a tela de um celular.
Queremos conhecer o mundo e não sabemos nem o nome das ruas nos arredores de nosso próprio lar.
Queremos saúde, mas não recusamos jamais aquela comida industrializada, a feijoada, o churrasco e a "breja" gelada.
Queremos tantas coisas e no final das contas, nada é assim tão essencial.
É a vida girando em torno de si mesma sempre a procura de algo que não precisa estar lá.
Os anos passam e nem lembramos o que comemos no almoço ao final de um dia extressante.
Ontem éramos filhos, hoje pais, amanhã avós e se tiver um pouco de sorte, bisavós...blá,blá,blá...
Mas sempre perseguindo com olhar micro o que macro é.
É, caminhamos apenas. Sem rumo ou com traçados nebulosos e infundados que nos faz perdermo-nos em nós mesmos.
E, no final das contas,
o que fica é a caminhada,
é o coração,
é a grande confusão
é o estar Vivo e sempre querendo, querendo, querendo...!
...