As feridas superficiais, mas mortais (escrita em 22/07/2019)

A política, em nosso país, talvez esse não seja um assunto tão diferente de divindades, já que os tratamos como ídolos e os seguimos cegamente. Não generalizo, mas sei que deu para compreender a ideia.

Temos ídolos demais. Políticos, artistas e jogadores de futebol. Todos são ídolos. Todos são influenciadores de opinião, mas nenhum abre a boca a não ser em benefício próprio. Ninguém fala um Oi sem patrocinadores ou investidores por trás. Nossa sociedade virou uma imensa rede social, preocupada com likes e monetização de conteúdo. Isso poderia ser chamado de capitalismo digital né, talvez esse conceito já exista. Mas, deveria ser chamado de vender a alma.

Um contrato de morte. A venda da nossa sociedade por quem nos paga mais. E recebemos qualquer pagamento, pois controle de qualidade não faz parte do contrato.

Então, seguimos com nossos ídolos, sendo conduzidos, cegamente, ao abismo e com belos sorrisos nos storys do instagram.

Porque ninguém quer falar de merdas profundas e sim, de ilusões rasas.

Carlos Alberto Pessoa
Enviado por Carlos Alberto Pessoa em 23/07/2019
Reeditado em 25/07/2019
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