Onde está?

Onde estás?

Não vejo-a no temer das estrelas que foram nos céus postas,

Onde está tu?

Onde estás que não vejo-a em meu encantamento sonhador de todos as minhas dores já compostas,

Sumistes entre esses meros mortais que não já não veem o amor nos olhos do inocente,

Não veem o afagar do sol que já é também decrescente,

Não veem sequer o perdão e o digno nos olhos da decência!

Onde estás tu?

Porque fugistes de meu abraço que só queria amar-te?

Não fujas, pois tudo que ama um dia há de morrer de tanto amar de sofrer,

Oh, prece dos céus... Pra onde fugistes?

Seria por medo de machucar-se com a maldade que já habita nestes corações que tu mesma criastes?

Entendo-te!

Mas quero somente abraçar-te com o amor que me destes,

Não fujas de meu amor que não foge de ti,

Na alvorada que como tu foge da noite,

Vivo como um pássaro preso a gaiola que exige teu canto,

Mas que canto cantarei se tu levaste contigo quando foste embora?

Encontro-me faminto de tua áurea,

Volta e alimenta-me com tuas palavras gentis e doces de amor,

Se voltares, pode sumir o príncipio,

Podem existir não mais as estrelas, nem mais também o grande astro,

Tampouco a lua que ilumina o crepúsculo,

Não me importarei se viverei ou se não terei somente um músculo,

Com você ao meu lado, oh princesa das estrelas, terei muito mais que a vida!

Levanta-te, amor! Levanta-te amor que até mim chegará!

Na alvorada venceremos! Somente, venceremos!

Onde estás tu? Esperança?

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 12/08/2019
Código do texto: T6718088
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