Onde está?
Onde estás?
Não vejo-a no temer das estrelas que foram nos céus postas,
Onde está tu?
Onde estás que não vejo-a em meu encantamento sonhador de todos as minhas dores já compostas,
Sumistes entre esses meros mortais que não já não veem o amor nos olhos do inocente,
Não veem o afagar do sol que já é também decrescente,
Não veem sequer o perdão e o digno nos olhos da decência!
Onde estás tu?
Porque fugistes de meu abraço que só queria amar-te?
Não fujas, pois tudo que ama um dia há de morrer de tanto amar de sofrer,
Oh, prece dos céus... Pra onde fugistes?
Seria por medo de machucar-se com a maldade que já habita nestes corações que tu mesma criastes?
Entendo-te!
Mas quero somente abraçar-te com o amor que me destes,
Não fujas de meu amor que não foge de ti,
Na alvorada que como tu foge da noite,
Vivo como um pássaro preso a gaiola que exige teu canto,
Mas que canto cantarei se tu levaste contigo quando foste embora?
Encontro-me faminto de tua áurea,
Volta e alimenta-me com tuas palavras gentis e doces de amor,
Se voltares, pode sumir o príncipio,
Podem existir não mais as estrelas, nem mais também o grande astro,
Tampouco a lua que ilumina o crepúsculo,
Não me importarei se viverei ou se não terei somente um músculo,
Com você ao meu lado, oh princesa das estrelas, terei muito mais que a vida!
Levanta-te, amor! Levanta-te amor que até mim chegará!
Na alvorada venceremos! Somente, venceremos!
Onde estás tu? Esperança?