ESCURIDÃO

Ó solidão, para onde foram as lagrimas dos meus olhos? É noite, fale mais alto, grita no espaço vazio, preciso te ouvir. Sou escuridão; ah! fosse eu luz. Não estou calmo, calmo é o fundo do meu coração, lá escondem-se monstros brincalhões. Olho em redor à procura da solidão, o que ela é? Criatura inefável que brinca com os meus monstros, ela me ama! Mas, eu, que amo somente a quem me ama, será que amo a solidão? A minha inesgotável vontade de viver não significa mais nada, levarei todas as promessas para o meu tumulo. Ó ser pessimista envolvido por uma cápsula de dor. Saia! deixe-me viver os meus pesadelos em paz, corte esse elo entre nós, morra e deixe-me morrer.