Aos inquietos

Quão cansativa é a busca por sentido.

Seguimos em um compasso firme e veloz, e em contrapartida, segue-se o fluxo inapelável da vida.

De certo, é perceptível que à procura por respostas é conatural de nós, seres humanos.

Somos curiosos, talvez insensatos.

Quantos momentos que podiam ser valorosos se esvaneceram por sermos ansiosos?

Realmente, aonde se limita essa incessante busca por certezas?

A mente débil, contorna traços pelo subconsciente e reflete em uma imersa mistura de saber e não saber.

Há confusão em querer descobrir o que é certo em um universo errôneo.

Quem sabe devemos nos conformar por aceitar que absolutamente nada é destinado, mas que paulatinamente vai se construindo.

Quem sabe devemos exortar nossos pensamentos a se acalmarem...

E no silêncio, acompanhar as batidas do coração, entendendo-se que tudo é um processo, e que percorrer pela estrada das preocupações indefiníveis, contrapõe ao mesmo, gerando caos e aflição.

Estamos aqui, ó homens sábios e entendidos, simplesmente por buscar a excelência em viver.

Afinal, se viver é uma incerteza, então, que este fato não seja motivo de uma busca que se sobrepõe aos limites psíquicos, mas que seja fascinante viver sem saber o que pode acontecer.

Para novos dias, novos olhares.

Para novas oportunidades, novas vontades.

Assim seja a vida de cada um, sem pressa de viver.