A noite, eu, a solidão, a música e a chuva

Hoje me abracei, me senti. Me fechei em mim e me amei.

Primeiro ao acordar, decidi que não faria muita coisa no dia. Na verdade decidi que faria muito o que a muito não fazia.

Troquei uma parte das minhas economias em prazer. Decidi trazer algo novo aos meus dias e me deliciar com uma comida que sempre me deixa bem.

Fui ao lugar que vou todos os dias e algo desequilibrou meu emocional que eu mantinha intacto todo o dia.

Até que anoiteceu e me convidei a dançar, mais uma vez, sob a chuva e uma lua vermelha, ao som das minhas músicas favoritas. Então chorei.

A noite, eu, a solidão, a música e a chuva. Essa foi a poesia do meu dia.

Me entreguei a solidão e resgatei minha energia. Me arrisquei aqui a escrever algo, mas tais palavras ainda continuam insuficientes para descrever o que sinto.

Hoje eu percebi como a vida se encaixa em estrofes aterrorizantes e melancólicas, sendo ela a poesia mais indecifrável já produzida.

Mas hoje, apenas Hoje, fico feliz em não conseguir tornar meu sentimento visível. Me faço sentir o que a muito não sentia e aceitar que tudo isso deve ser mostrado só a mim.

Aos outros, deixo apenas uma fria amostra do que vivi hoje, desejando que um dia essa chama que acendeu em mim acenda em vocês.

Boa noite, a você, a sua solidão e a sua poesia.

maria paula da silva lima
Enviado por maria paula da silva lima em 19/09/2019
Código do texto: T6748414
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.