Promessa

Eu me recuso a morrer calcada por tuas botas.

Forjadas do couro cru da ingratidão.

Não morrerei envenenada por teu amor cruel.

Teu desprezo pontiagudo...permitirei que rasgue a minha alma?

Não. Não atirarás flores, ainda que de plástico ,sobre meu caixão.

Na hora derradeira,eu é quem consolarei os amigos teus.

Pois ,de tua maldade amorosa, criei o melhor de mim:Eu!

Lucia Rodrigues
Enviado por Lucia Rodrigues em 19/09/2019
Reeditado em 19/09/2019
Código do texto: T6748790
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