Três em um

Habitam em mim três vozes distintas, cada uma com seu peso... e suas qualidades, cada uma ponderando as outras, para que eu não mergulhe em seus excessos. A primeira é a voz da emoção, sempre embriagada em sentimentos e ingenuidade. A segunda é a voz da razão, sempre atenta aos fatos e à realidade de forma sóbria e objetiva. E a terceira é a voz do dever, que me faz lembrar sempre que vivo num labirinto cujas paredes invisíveis são feitas de regras, moral, dogmas e responsabilidades.

Com elas coexistinto em harmonia, sou uma consciência sóbria e tenho uma personalidade definida, mas se há conflito e desequilíbrio, o caos e a confusão dominam a consciência, o subconsciente a subjuga e minha personalidade fragmenta-se, restando apenas cacos de um espelho velho esparramado pela minha breve existência.

(Claudiomar) 27/09/2019