Sofrimento

Sofro! Dói-me a alma das palavras proferidas e dos olhares lançados. Dói-me todo o corpo de tantos pontapés que recebo. Não consigo lidar com toda esta pressão e solidão, pois onde antigamente havia amizade, existem agora olhares de suspeição como grandes nuvens indecisas entre uma trovoada ou uma tempestade. Sempre me que quiseram mal, não é uma novidade…desde ameaças a ofensas…desde mentiras a actos maldosos, sempre me fizeram mal porque simplesmente não posso estar contigo. Sou como um pequeno animal que no meio do deserto tenta fugir desses abutres que me perseguem à espera da minha queda para me devorarem. Mas TU, sim TU, és um oásis onde me podia abrigar, mas já não posso! Todos esses abutres sedentos do meu sangue e das minhas lágrimas secaram quase toda a tua água para que eu posso cair! Será que ainda resta alguma?

As pernas começam a fraquejar!

Ultimamente os abutres aproximaram-se muito e eu, sozinho e indefeso já não luto para beber no oásis mas para defende-lo de todos os males que o atentam.