A LUZ QUE PREVALECE

E de novo na quadratura do círculo terreno - quaternário inferior - vamos ativar a superior Tríade - Trisquel Espiritual; para que da emanação celestial, a luz atinja este nossa humanidade em trânsito. No intuito de mudar, pois a mudança é contínua, sua nova frequência, no amor intuicional instaurar, para que a devoção pela vida (união com a mãe natureza) em todos os seres acorde. Respeitando a lei cíclica. Aqui temos então Aleph - Ar, ondulando-se, na atmosfera intermediária, entre a auga - fria (do gelo emanando) e o fogo quente (verão como estação). Esse Ar que, a sua vez, penetra em nossos pulmões; se nós soubermos verdadeiramente apreciar, sempre dentro de nós evoca a neutralidade a atingir, para melhor harmonizar nossa marcha. Alpeh - Ar, frescor mental, remitindo-nos à casa do Pai - Vontade de agir, para ativar os processos de evolução na matéria. Na espera cabalística de Kether (no cimo - coroa - da Árvore da Vida), rumando ao encontro de Chokmah, como essência nao manifesta, construindo - em transmigração - a vez a primeira causa, da posterior manifestação certa. Kether, sem forma, puro ser, permitindo iniciar-se na atividade que vai emanar de Chokmah, o caminho da matéria. Kether, Luz Branca cegadora, sem atributos, nem atividades. Olho Interior, conectando em nosso olho interior; Parabramha ativando Bramha em Chokmah, para marcar o ponto no meio do Círculo.

E a vez se instala Mem - Auga, origem da Terra - pois o planeta natural, formou-se a partir das augas, que recolheram a universal semente (auga como recipiente - útero maternal da primordial natureza). Mem - em seu grave som, de emoções fervilhando, na taça da Mãe Universal, acordando com a frequência elevada da sefirot Binah. Binah na Sabedoria e no Entendimento.

Binah, encadeando ideias que surgem associando-se desde Chokmah, procurando encontrar a sintese, na perfeição dos significados múltiplos. Binah - atraído Chokmah; Chokmah inclinando-se sobre Binah, Abba e Ama, para unificar Pai e Mãe celeste. Pai e Mãe, unidos, para os caminhos do Filho/Filha iniciarem, posteriormente, desde a potencia das esferas de Netzech e Yesod, onde se amam a Donzela e o Adolescente. Sendo aqui a atração sexual, pela imaturidade, muito mais forte. Enquanto a potencia amadurecida contida já em Chokmah - Binah, assume o poder, de regular aquelas paixões, no verdadeiro amor neutralizando-as. Dentro das augas de Mem, o natural berço da polaridade, complementando-se. Para de novo, esta força polar, desenvolver a atração, que vida na vida gera, sempre em Netzacha e Yesod, latente, como Donzela e Adolescente.

Finalmente, simultâneo aparece Shin, o fogo que toma corpo na areia. Shin fogo elevado, origem do céu - flama candente de Agni (Fogo sagrado primordial), descendo em labaredas sobre a Terra. Cristalizando plenamente, a faísca que mantêm coesa a matéria. Permitindo a realização, plena, do Filho/Filha, assentando em seu reino perene. Aquele mesmo Shim, fogo que em murmúrios solenes chama às portas da esfera de Chesed, para que o bem comum poda equilibrar-se dentro da benevolência. O bem inato, daquela prezada força natural, manifestando-se, dentro da sua mesma exuberância.

Intensificando, agora, sua atividade na sefirot Geburah; as vezes com excessiva fricção, criando a contrária, guerreira, ação - reação, que deverá em esta esfera da Árvore da Vida, suportar, os ardores ignorantes do lado escuro de Marte.

Geburah - destelhe misturado com Chesed - transformado em torrente energético reciclador (dentro das dinâmicas maiores de Construens - Destruens), formando seu próprio vórtice. Pode mesmo voltar-se este turbilhão, por inércia negativa, destrutor, quando àquelas matérias formas, em decadência, resistem os ímpetos da continua mudança. Petrificadas tendências, em seu inamovível formato conservador, incapaz de entender, a pujando do novo.

E a pesar, do esgotado, exausto esforço (luta por se adaptar), consegue, aqui no natural espaço, desprender o influxo descendente de Geburah da anterior Criação sua rigidez, retirando aquela excessiva força, proveniente de Binah, que encerra com opressivo amor o princípio da manutenção nas formas. Essas mesmas formas, que necessitam, também, para evoluir, desagregarem o velho e atrair o novo.

Sendo aquela energia desagregadora de Geburah, a que mesmamente permite abrir a novidade aquelas velhas formas. Permitindo passar o novo, acima do velho, decaindo, desagregando-se, transformando-se. Essas Justiça, nascida em Geburah, pela resistência de mudar, a miúdo se balança com o medo. Voltando aquela ancestral conexão, entre a força e a severidade. Dous caminhos de mudança se podem abrir: o do amor que aceita, e se adapta com rigor ou o do rigor imóvel, que resiste, e severamente acaba por ceder, fenecer, diante do imparável ascenso do novo. E mesmo, em ocasiões, os dous caminhos da mudança convergem.

Assim se beneficia o novo molde da existência, para permitir aos seres uma nova elevação, comandada pela eterna luz, que permita com novos critérios encarar as novas provações, que acendem a flama ígnea da evoluir, em base a superar-nos a nós mesmos.

Eis que a Mente - Ar, gravada em Aleph, aqui volta fazer de intermediária, entre o fogo e a auga - no seio da Balança, como equilibrador, entre o prato do mérito e o desmérito.

Sirva esta alegoria, para os humanos seres entender, como podem harmonizar sua existência. Por meio do equilátero triângulo, abaixo os extremos, em suposta divisão, arriba o caminho do meio, como neutralizador, daquelas ignorantes disputas.

Dai que o círculo magnético virado para o céu - no alto - prenuncia a felicidade - paz interna. Enquanto o mesmo círculo, em movimento retrógrado, voltando ao chão - concretiza a infeliz ignorância, na luta, muito rudimentar, do medo a não sobrevivência.

Entendam os humanos seres, que para encontrar o bom governo, no coletivo e individual - devera sempre interpor-se, entre o fraco e o forte, a inteligência a comandar, daquele mais evolucionado. Conhecendo perfeitamente que a carga chega o alto, mas é sustentada no baixo. Assim quando o quente surge do fogo e o frio nasce das gélidas augas, somente a na altura a neutralidade do ar, pode evitar a fricção excessiva.

Atende pois esta interior voz, deixa que esse supremo amor, trabalhe no teu coração, se não quiseres voltar a cair, naquele obscuro e doente, labirinto das sombras. Se soubeste, em este relato, a letra morta vivificar, que ela, convertida em conhecimento, te permita visualizar, dentro das já tuas equilibras emoções, sentimentos, sensações, aquele caminho que a tu casa retorna...