DISFUNÇÃO CARDÍACA.

E esse coração...diagnosticado com um grave transtorno de identidade? Anda, às vezes, a exercer funções inapropriadas e indevidas. Certa vez, por exemplo, pensou ser ele, um óvulo que, uma vez, fecundado, arma-se de uma verdadeira barreira contra outros possíveis e bem intencionados ataques. Pobre músculo, não é de hoje, sofre desse mal. Uma vez, apaixonado, não bate por outra causa, senão, pela destemida e determinada mania de amar...Flechas e flechas são atiradas, no entanto, o alvo, claro, é só um. Além de assumir dupla personalidade e roubar funções alheias; esse pobre coração adoentado, teima, insiste e não desiste de alimentar falsas esperanças. Ah...coração!

Elenice Bastos.