INCISO DE MIM.

HOJE VOU FALAR DOS MEUS HORRORES

QUE ÀS VEZES SÃO IMPREVISÍVEIS,

DESDE QUE CONOTAÇÕES ME INVADEM

PARA PERGUNTAR COISAS E COISAS

QUE NÃO ME PERTENCEM.

QUANDO POSSO ME CORRIJO,

POR MUITO NÃO DÁ TEMPO

E JÁ FORMALIZA OPINIÕES DIVERGENTES.

SOU O QUE SOU,

NEM ANJO E NEM DEMÔNIO,

A LOUCURA DO MEIO É QUE ME APORTA

SEM UM DESTINO PESSOAL,

MAS, SIGO ASSIM MESMO PISANDO NAS DÚVIDAS.

UM EU DO MEU EU VEM FORTE DE QUANDO EM QUANDO,

E MAIS INTENSO REBUSCO

A MELHOR SAÍDA PARA ME COMPLETAR.

SEMPRE HÁ UMA NOVA CONSTRUÇÃO EM MIM

LEVANDO-ME A CAMPOS AINDA DESCONHECIDOS.

POR ISSO, SOFRO BASTANTE,

NEM É PELO SIM OU POR UM NÃO,

OS OSSOS DO OFÍCIO DE POETA

SÃO PUROS QUESTIONAMENTOS,

PORQUE PROCURO ENTENDER

O QUE ME CABE COMO UM FORMADOR DE OPINIÕES

NA MINHA SENDA LITERÁRIA.

SEI QUE QUANDO NÃO DOU ATENÇÃO AO TEMPO

ELE ME VENTA NAS FACES,

E SE EU FIZER VISTA GROSSA,

ESSE MESMO TEMPO,

PASSA A MÃO NO TEMPO PARA ME MOSTRAR

A REALIDADE DAS COISAS.

DIGO SEMPRE QUE SOU UM INSTRUMENTO,

POR ONDE AS PALAVRAS CAÇAM O MEU REAL E O SURREAL,

DIZENDO-ME, QUE EU TENHO QUE ESCREVE-LAS,

PARTINDO DE MIM MESMO.

CONDOR AZUL.