ODE A MINHA ALGOZ!!!
Quisera eu ter nascido impassível e álgido,
Quisera não ter nem um pingo de sentimento.
Para , ao olhar seu rosto trigueiro e albido,
Não sentir volver-me todos os meus tormentos!
E no meu peito moribundo e inválido,
Não bater forte o músculo do sofrimento.
Ao ver teu ser tão lúbrico e sápido,
Extenuando meu total e completo esmorecimento...
E tu me olhas e sorri com tamanha brandura,
Que me afeta uma sagaz e portentosa lourcura,
De possuir-te os lábos miríficos e volupituosos...
Então, a verdade cruel vem e me ataca,
Clareando seu sorriso minaz e malicioso,
Que a miúde me trás a vida e depois me mata!