Afetos para além do tempo...

Como renunciar a um afeto que transcendeu o tempo e, ao tocar os céus, se fêz eterno? Como esquecer um pensamento que nasce da memória viva dos sentidos e, transfigurado em saudade, desafia a soberba do tempo, que tudo pretende levar? Como ignorar que nos tornamos um, e que sua partida é uma amputação da própria alma? Como deixar de buscar uma centelha de si mesmo, sem a qual jamais se sentirá completo?