A GUERRA DOS TITÃS

Lutam os donos do pátria, na

tão famosa e exteriormente respeitada, suposta casa do povo. Trocam socos e pontapés verbalmente, sem se saber se estão resolvendo problemas do tão hipoteticamente amado povo, ou se estão num torneio de artes marciais filosóficas (talvez seja filokarate ou filokung fu).

Todos aparecem na mí­dia com rosto de bom samaritano, sendo que na realidade todos carregam a corroa da ambição. São como linhas de fuga, divergem na retórica, mas o seu legado converge para ponta vermelha.

São gigantes que lutam no topo da pirâmide hierárquica Moçambicana, e o terceiro estado que é o povo, que é a força motriz do desenvolvimento desta na nação sofre as consequências das impenitências dos devoradores.

Vão todos montados em seus cavalos da raça mercedes, acompanhados pelos tocadores de trombetas que anunciam o iní­cio de cada batalha, com aparência honrável, aos olhos. Entram na dita casa do povo, todos bem trajados, e saem todos nus, numa pancadaria verbal, que até o rei desta selva moçambicana não escapa ...

Qual é a utilidade do parlamento?

O povo sofre cá fora enquanto alguns recebem milhões por somente aplaudir e outros por serem bons no insulto.

Quem dera se verdadeiramente descutissem e encontrassem respostas para os problemas que estão afundando o nosso Moçambique.