Para mim ou Para eu?

Sempre enxerguei-me como uma pessoa muito preocupada com a língua portuguesa, adoro escrever poemas, e tirei dai a ideia de que o “português” era algo que eu dominava.

Enganava-me!

A algum tempo faço terapia, e algumas vezes minha psicologa corrigiu-me “não é para mim é para eu”, mas acabava passando sem causar impacto a minha pessoa. Até chegar na ultima sessão da qual suas palavras impactaram, e sai de lá bastante revoltada.

Desde então comecei a pensar bastante sobre, e me analisando, resolvi assistir uma aula online sobre o tema, realizei bem os exercícios, compreendi melhor a regra e comecei a me perguntar, qual frase pronunciei de forma incorreta. Confesso que não sei, afinal em uma sessão de terapia a emoção se faz presente na maior parte do tempo, e com certeza não foi meu foco a frase errônea.

Porém narrei esse fatos a cima, apenas para expressar dois pensamentos que me ocorreram, um deles de que ninguém é tão bom em uma coisa que não possa errar, ou estar enganado com si mesmo e não ter todo conhecimento que juga possuir. Ou então, de que é necessário ser incomodado para que consiga olhar para si mesmo. Pouco importa se realmente eu utilizava o Para mim ou Para eu de forma equivocada, o que importou mesmo nisso tudo, foi que tive a oportunidade de certificar-me de que posso aprender, acertar ou simplesmente constatar que não errei, se compreender que sou humana, habitante de um planeta ainda de provas e especiações, e com certeza tenho muito que a prender, e não sou imune a erros e equívocos.

Todo profissional pode errar, o que o torna bom, não é ser infalível, e sim saber reconhecer os erros e “correr atrás” para corrigir, buscando assim, o seu aperfeiçoamento continuo.

***Eloisa Sartori***

10-01-2020