ATÉ QUANDO TERÁ CONTROLE SOBRE SEUS PECADOS?

Um dia desses, estava a assistir um documentário sobre pessoas que criam animais selvagens em suas casas (algo extremamente proibido e perigoso, aliás!). Dentre os casos exibidos, vi um rapaz que criava uma pantera em sua casa – ela tinha direito a absolutamente todos os cômodos! Ele começou a exibir imagens do animalzinho em seus primeiros dias de nascido e, realmente, a sua beleza e fofura mexe com nossos corações; dá vontade de apertá-los! Com o decorrer dos anos, o animal foi crescendo e hoje em dia não me parece mais tão convidativo para alguém que não está habituado com ele, a não ser o próprio dono que já criou vínculos afetivos e não compreende mais os riscos que pode sofrer. Instantaneamente, pensei: o que aconteceria se pudéssemos “sair” de nós mesmos e vermos todos os pecados que criamos ao longo de todos esses anos? Como nos sentiríamos?

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” - Romanos 6:23

Embora o pecado seja algo tão discutido e realmente tenhamos exemplos nítidos de suas consequências sobre as nossas vidas. Ainda existe um problema maior que poucos de nós gostamos de admitir: criamos pecados de estimação que muitas vezes relutamos em alimentar e o escondemos da sociedade; o que esse esforço pode ocasionar em nossas vidas? É inevitável, embora o pecado não seja uma instância humana, dotada de espiritualidade, ele sempre nos cerceia desde o nosso nascimento. Logo, em nossos corações há uma batalha cruel entre a supremacia do Espírito de Deus versus o espírito do Maligno (com pecados que desejamos manter por perto). E, como em todo campo de batalha, cicatrizes são deixadas.

Uma das principais marcas dessa disputa reflete em nossa comodidade com aquilo que nos faz bem; quantas vezes deixamos de enfrentar novas possibilidades e experiências visto que preferimos práticas muito bem consolidadas em nossos corações? Por conta de o pecado já estar imputado em cada um de nós, não é uma surpresa afirmar que conhecer a Deus e entender a Sua Grandeza, sendo transformado por Ele, é um dos maiores esforços que podemos possuir, espiritualmente. Isso vale, também, para todos aqueles que se renegam a sempre se revisitar com Deus. Mas, já fazemos o que gostamos e estamos superconfortáveis, não? Seguimos em frente!

Alguns anos depois, começamos a colher enormes consequências da manutenção de práticas ditas prazerosas, mas que desgastam toda a nossa espiritualidade. Nos tornamos pessoas vingativas, cheias de ódio e motivadas pela lei da meritocracia da sociedade atual. Em nossa mente, agora já se encontram enraizados aspectos (i)morais que nós mesmos não conseguimos reverter. Desde a nossa infância, criamos monstros que eliminaram uma real experiência humana; uma vida que deveria ser baseada na inovação e revisão de nossos valores constantemente, baseadas no espírito de Deus. Que estejamos sempre dispostos a enxergarmos tais monstros por meio da oração, meditação e, inclusive, proatividade para a mudança!