Solitude

Mergulhada em seu mundo ela percebe a profundeza de sua solidão.

Mais densa e fria a cada vez que penetra em suas entranhas.

Ela sabe que nessa direção não adianta esperar pela luz ao fim.

Então abraça a solitude a cada vez que aprende mais sobre si.

A coragem nunca falha, nem mesmo seu folego.

Ela descobriu logo cedo que a luz ao fim do túnel não existe.

A luz não está lá, mas nela, ela sempre foi a luz que a guiou.

Finalmente após explorar seu ser ela emerge novamente a superfície.

E então pode ver claramente, de uma forma que a assombra.

Todos, assim como ela, estão se debatendo desesperadamente.

E como peixes amedrontados entram e saem de suas águas.

Demonstrando não se recordarem de onde é o seu lugar.