Devaneios a beira mar a_amar

Seria pecado desperdiçar o tempo que ainda resta com amores em vão, com vai e vem, com dissabores e desafetos.

Atento ao tempo que ainda resta tentar ser mais presente é o necessário e até o mais prudente.

As ausências insistentes se tornam tão perpétuas que por vezes aprendemos a nem mais esperar por quem jamais chegará.

O despertar é algo inevitável e desafiador.

Mas saber ler as estrelinhas é o mais sensato.

Já que as palavras de nada valem sem as ações coerentes as mesmas...

O que esperar do amanhã se há tanto ontem, mas não há se quer o hoje?

De fato o ato de viver a espera incansável do ser amado nem sempre é doce, mas quem explicaria o amor sem a entrega profunda, sem o sonhar?

Talvez as ilusões sejam de alguma forma aprendizados. E as decepções fortaleçam...

Não há como saber o tempo que resta, mas o resto do tempo é em vão quando se tem um coração vazio.

E na teimosia de querer entender o que nos resta o resto vai se esvaindo, o tempo que resta se evadindo e por fim consumindo tudo o que um dia já existiu.

Geovana Farias
Enviado por Geovana Farias em 01/02/2020
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