Coerência

"Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". (Provérbios 22:6).

"Crianças não precisam ser treinadas". (Autoria ignorada).

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Acredito que a pessoa que fez esta citação queira nos alertar para o seguinte: HAVEREMOS, SIM, DE INSTRUIR AS NOSSAS CRIANÇAS, PORÉM, MAIS QUE ISSO, ESTEJAMOS JUNTOS DELAS, CONDUZINDO-AS NESSE APRENDIZADO, DANDO-NOS COMO EXEMPLO, EM QUE SEJAM AS NOSSAS ATITUDES COERENTES COM O NOSSO DISCURSO.

Se olharmos para o campo profissional, quando estamos na condição de aprendizes, passamos por algum treinamento, recebendo - em um primeiro momento - uma série de conteúdos teóricos.

Passada essa fase, partimos para a prática, não sozinhos, mas - ainda que não tenhamos consciência disso e que essa prática nem seja tão explícita - a verdade é que somos supervisionados de alguma maneira, mesmo que de uma forma velada, por um determinado período, até que tenhamos segurança no desempenho da função, para a qual recebemos treinamento.

Por que isso acontece?! Somos aprendizes, sem experiência, e, portanto, carecemos de uma retaguarda para que, quando surgirem as dúvidas quanto à aplicabilidade do conteúdo teórico absorvido, SEJAMOS INSTRUÍDOS NO CAMINHO A SEGUIR. E essa retaguarda nos é manifesta por alguém indicado formalmente pela direção, ao qual somos orientados a recorrer em casos de necessidade, sendo este, portanto, representante direto de todos, e, de uma maneira muito especial, podemos recorrer também àqueles mais antigos no exercício da função, a fim de dirimir dúvidas _"in loco"_ no decorrer do processo da prática; ou seja, aprender no caminho. Há, então, uma responsabilidade compartilhada nesse quesito, em que está claro que o resultado - sendo favorável ou não - afetará o todo.

Nesse sentido, não é diferente com as crianças. Os pais são os primeiros, aos quais recai a responsabilidade de instruir aos filhos acerca do caminho e, não se trata de apenas apontar o caminho a seguir, mas ir junto deles por todo o percurso. NÃO PODERÁ HAVER FALHA NESSA ATRIBUIÇÃO, A FIM DE QUE O RESULTADO NÃO SEJA COMPROMETIDO. Isso significa chamar para si a responsabilidade e se dar por exemplo às crianças. A vida deles - na prática - deve ser coerente com as palavras; e o testemunho pessoal deve estar alinhado com o discurso que é proferido aos filhos aprendizes.

Os pais, então, são o primeiro esforço de instrução aos filhos, porém, as crianças são perspicazes em observar e aprender com tudo e com todos. Daí, verificamos o peso da responsabilidade que repousa também sobre os ombros daquelas pessoas que, socialmente, convivem com as crianças. Nós, que já adquirimos alguma experiência na vida, independentemente da faixa etária, temos sempre algo a ensinar e precisamos primar, a fim de que sejamos imitáveis, e cumpramos o nosso papel, para que saia a contento a formação daqueles que nos observam. QUE O NOSSO VIVER EXPRESSE A PRESENÇA DE CRISTO JESUS EM NÓS, se é que, de fato, cremos e estamos convictos de que já não mais vivemos, mas que Ele vive em nós! (Gálatas 2:20).