Agradecer foi pouco

Estava eu sem o carro, e precisei de ir para o trabalho de ônibus. O ônibus que eu pegaria passa na rua paralela a minha casa. Com uma distância tão pequena, me desliguei do relógio, e quando eu percebi já estava atrasado. Saí apressado, quase correndo.

Na rua da minha casa, no mesmo sentido em que eu andava, passava por mim um ônibus. O motorista reduziu a velocidade do veículo na mesma proporção com que eu caminhava, e com sorriso no rosto, perguntou se eu estava indo para o ponto de ônibus que ficava a algumas dezenas de metros à frente. Respondi, sem parar de caminhar, que não, que eu viraria à direita. E agradeci com um "obrigado" pela gentileza.

Em tempos de olhares fechados para o próximo, em tempos de descaso aos bons modos, em tempos de ausência de atos benéficos gratuitos e sem interesse, agradecer foi pouco. Eu deveria mesmo era ter dito: parabéns pela gentileza, pela atitude! Precisamos de mais profissionais como você!

Muitas vezes um elogio pode fazer toda a diferença para que a boa ação se repita. Muitas vezes um elogio pode ser o melhor momento do dia, para que o faz e para quem o recebe.