Eu não existo
Um amigo disse eu estar sumida.
Neguei sumiço.
Disse ele, então, eu estar diferente.
Neguei:
“Continuo lendo Manoel de Barros, que é pra eu sonhar em voltar pro Sertão;
continuo escrevendo, que é pra eu voar;
continuo no balanço da rede, que é pra eu conhecer o vento que vai me levar;
continuo...”
– Apaixonada?
“...por quem não está por mim, e que nunca vai ficar, e que nem aqui está.”
E ele disse indo embora:
– Depois tu diz não estar sumida...