Uma batida de pensamentos e beijos

Pensamento é coisa que vem e que vai. Quando queremos que outros entendam o que pensamos estruturamos de modo a ser compreensível e encontrar adeptos e repúdios. Quero aqui despejar apenas o que vem a mente sem estrutura, sem escrúpulos morais, sem rima e sem métrica, sem preocupação de compreensão e interpretações. Aqui escrito estas palavras não são mais de meus pensamentos, mas dos que delas tirarem o que quer que seja. Quero aqui despejar meus pensamentos sobre o beijo em suas múltiplas formas de existir no meio de nós.

As vezes penso no beijo. O que é o beijo? Seria o tocar de dois lábios? Ou de apenas um lábio? Afinal beijamos sem ser beijados. Beijo uma mão, beijo um rosto, beijo uma relíquia, algo sagrado, uma foto. Mando beijo pelos ares sem ao menos meus lábios se descolarem de mim. Desligo o telefone e dou um beijo em alguém que não está aqui. Assim beijo uma ideia, uma lembrança.

Seria o beijo uma provocação? Um sinal de respeito? Uma adoração? Um desejo? O beijo é tudo isso e mais alguma coisa. O beijo nos convoca à relação que mantem o beijo e move a paixão carnal. O Beijo é a ante sala da transa, do sexo, do arrepio, do calor, do eros.

O Beijo esse ser abstrato e tão concreto que vive uma dicotomia em dois extremos que se encontram de um simples carinho e afeição ao desejo que consome a todos os encarnados. O desejo do deus eros que toca da infância à morte, do berço ao leito final. O beijo de uma criança chega a ser doce e de uma mulher doce e provocativo. O beijo é até flor vejam só...

Gleisson Melo
Enviado por Gleisson Melo em 16/02/2020
Reeditado em 16/02/2020
Código do texto: T6867315
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