Arte contemporânea

Despojada, imatura, precoce, teve que beber do cálice da maturidade. Bandida, traiçoeira, vingativa mas inocente não sabia que depositava ferrugem na fechadura da sua existência. Para se libertar desesperadamente teve que por intuição, cercar de sabedoria do elixir, provinda de subterfúgios divinos !!! Bebendo doses, as moléculas iam perdendo a grade cristalina, dando forma flexível como de um líquido. Para se moldar, inspirando a obra, desenvolveu asas e começou a voar podendo criar alternativas de fuga, que permitiam sem fim, descobrir a chave das saídas do aprisionamento que acarretavam as algemas, das mãos para desenhar a escultura mais efêmera que os olhos já viram. Duração de um dia se expirou como flechas, sem que algumas vidas fossem atingidas, antes do nascer do sol. Constatava-se que podia sentir com a alma somente. Se libertando, ninguém podia descrever ou tocar, assim foi de súbito a arte mais contemporânea que já existiu, como efeito transcendental, impactava a história prestigiando suas impressões digitais !!!

Juliana Amorim Alves
Enviado por Juliana Amorim Alves em 27/02/2020
Reeditado em 01/10/2022
Código do texto: T6875283
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.