MEDO

Medo, palavra tão pequena, mas de uma imensidão sem tamanho. A meu ver o medo é como uma ponte velha em meio a um abismo, com suas cordas traçadas e antigas, com suas tábuas de madeira faltando alguns trechos, tendo o vento agitado balançando pra lá e pra cá, prestes a despencar, e mesmo assim é preciso fazer a travessia, caso contrário, jamais saberei o que me espera do outro lado. E no meio da tempestuosa dúvida do seguir ou ficar, aparece outra personagem no meio do caos. A esperança. Ela que chega silenciosamente e me aquece alma, dando-me coragem para segurar naquela corda velha; e de passos pequenos e trémulos, começo a caminhar sobre ela, embora apavorada pelos vento da insegurança tempestuoso, sigo; porque apesar de não saber o que me espera do outro lado, a vontade de vencer os obstáculos é maior do que ponte