Arquipélagos Humanos

Em tempos onde a tecnologia se faz presente para aproximar as pessoas através das mais diversas tecnologias (laptop, tablets e redes sociais), por que as pessoas se tornam distantes ao se isolarem nessas opções frente ao leque de possibilidades que se abre no mundo real?

Arquipélago é a denominação dada para o coletivo de ilhas tais como Japão, Filipinas e Fiji. Seriam, assim sendo, as pessoas uma espécie de “arquipélagos sociais” de modo que a opção implícita pelo isolamento e conforto de sua casa as façam reféns da web?

Nesse cenário, metáforas tornam as pessoas mais próximas por exemplificar situações práticas que tangem no cotidiano. Metáforas são as figuras de linguagem que expõem situações fictícias apontando situações cotidianas. A narração de metáforas durante o cotidiano (quiçá por ditos populares) torna o diálogo próximo e torna a comunicação mais fluida e os envolvidos mais parelhos graças ao objeto da conversa ser do conhecimento de ambos.

Historicamente os indivíduos temem ser expostos e optam por demonstrar sua melhor lacuna social e ocultar seus mais sórdidos defeitos e delitos. Todavia com a “máscara” possibilitada pela web, as pessoas se permitiram mais graças ao distanciamento que é facultado a declaração longe da pessoa que se tornou foco. O coletivo se tornou distante, mas munido de muitas formas de se expressar e de opinar sobre as mais diversas temáticas sem (ainda) arcar com as consequências de tais atos, em comparação ao mesmo ambiente caso ocorresse de maneira presencial.

O senso coletivo se tornou demasiado acelerado e obediente às inúmeras demandas que são cobradas, tais como as profissionais e as de consumo, de maneira que não mais se busca ou separa-se tempo hábil para atividades físicas com frequência e as de lazer, visando desaceleração da rotina. Práticas saudáveis, tais como: yoga e tai chi chuan têm sido buscadas cada vez mais, para atenuar esse quadro de estresse coletivo.

Algumas mazelas da mente, assim como: síndrome de burnout (onde o corpo desacelera a mente de forma forçada para que os movimentos e anseios da pessoa se tornem menos acalorados);, depressão (apontado outrora como o “mal do século” graças à insatisfação geral que seria disseminada por não se atingir a dita “felicidade”); ansiedade (desejar uma hipótese futura fortemente sem que ela ainda tenha se concretizado) e medo da solidão se mostram consequências comumente relatadas pelas pessoas que se enquadram em uma rotina maçante e optam pelo uso de “paliativos sociais” para promover essa proximidade e entendimento que tanto buscam, por mais frio e virtual que seja.

Ao optar pelo contato presencial, há maior interação entre os envolvidos graças a maior troca de percepções e interações, pois o maior contato entre os sentidos permite que haja expansão conteúdo exposto e abordado. Essa troca, que se encontra cada vez mais em extinção, possibilita maior atenuação da rotina e as metáforas aqui explicitadas podem auxiliar esse encurtamento de contato entre os tais.

A explosão da globalização e o advento da tecnologia para aproximar as relações entre as pessoas de fato diminuiu barreiras e aproximou as pessoas. Porém refrear tal assiduidade na web e optar por interações “à la antiga” com maior contato físico e também vivências geraria pessoas menos transtornadas graças a maior interação física social.