E de repente...

E de repente, eu fui forçado a perceber o quanto sou um nada num mundo tão gigante, mas que se tornou muito pequeno. Eu que era durão, dominava a situação, achava-me um gigante... Podia tudo. Não aceitava desaforo de ninguém, acovardei-me diante de um ser que sequer tem vida própria, nem é morto nem é vivo. E DE REPENTE AS COISAS VOLTARAM AO SEU LUGAR (paráfrase). Agora COMPREENDO que pouco ou quase nada valem os bens que possuo. O dinheiro na conta bancária? Ah, eu trocaria pela "liberdade" de poder andar por qualquer canto. Passei a atribuir valor às coisas que eu julgava insignificantes. É um pequeno choque na minha consciência. Eu havia criado meu mundo, com minhas regras. Impus meus valores. E.. E quando eu acreditava já estar no topo da roda gigante, fui lançado ao solo abruptamente. Agora, despedaçado, arrasto-me tentando me reerguer. Mas não é levantar-me de qualquer jeito. A natureza ou o peso das mãos de Deus, eu creio na segunda parte, está tratando comigo, lapidando-me. Quer que eu aprenda a lição. Perdão! Estou sendo audacioso! Já queria ser o dono da situação. Não tenho tanta certeza de que ficarei de pé para transmitir o ensinamento. E se ao passar por esse furacão, em não mudando minha concepção de ser humano, creio não ter outra chance.

ERALDO CUNHA
Enviado por ERALDO CUNHA em 21/03/2020
Reeditado em 23/04/2020
Código do texto: T6893590
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