Nas lembranças de um náufrago

Uma ilha acostumada a recepcionar náufragos de tempestades foi ancorada por sobre os restos de um navio o único sobrevivente de um afundamento submergido de incerteza, salvamento.

A encosta e debruçado pelo cansaço das ondas avistei tudo em volta e sobre a beleza daquele lugar desconhecido, ali, pude tentar imaginar mistérios que me aguardaria.

Anos se passaram e muito se conheceu sobre a realidade da nova experiência que às vezes aterradora desesperava pela ausente esperança de não encontrar uma saída e principalmente nas saudades que foram intermináveis a cada mudança de tempo.

Em um momento de reflexão depois de tudo que se viveu foram fechados os olhos e a sensação provocada pelo som paradisíaco; A brisa do mar e o cheiro da maresia me fizeram lembrar-se do melhor de estar entre o acamado estado no afastamento de um mundo caoticamente social que apenas se sentiu a falta de ter as imagens materializadas da memória, de uma companhia que em Luisiana por sobre o rio de Mississippi a calma navegação de outono; A primavera foi à importância de ter certas respostas.

Assim como descrevi nesta narrativa que detalha a beleza de um sofrimento também encontrei em ti por perdimento e encontro a importância de entender que nem tudo durará para sempre como desejamos por causa dos fatos que nos impedem de viver como cartas ao remetente muito embora náufrago.

Paulo Bezerra (Galícia) Espanha
Enviado por Paulo Bezerra (Galícia) Espanha em 31/03/2020
Reeditado em 15/04/2020
Código do texto: T6902016
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