Monólogo

Eu vim aqui agora para postar algum poema antigo que ainda não havia escolhido, então antes visitando uma escritora com a qual me identifico, me deparei com o seguinte texto:

"Apenas uma mulher triste", da Gota de noite.

Ao ler, me vieram as seguintes palavras, que deixei como comentário:

(Ps: talvez ao ler este 'comentário' ele faça algum sentido pra ti. Porém o sentido que existe para mim, só pode ser compreendido com a leitura prévia do texto da escritora acima.)

Agora sim, vamos ao comentário:

Eis que: "o anjo surgindo no mar, os selos de fogo, o eclipse, os símbolos do apocalipse..." Talvez, talvezes, tais vezes, não nos digam nada, ou apontem! Por que não, one more time, with no more tears (like said our dear Ozzy)? Penso coisas a dizer, saberes e tudo isso é tão inútil quando na verdade só resta sentir.Sentir que apenas um homem triste é capaz de entender a dor que sente, tal como uma mulher triste, uma vez mais devastada ao perder seu mundo, pode compreender...Há momentos, que o peso de dizer "ver-se sem rumo, sem céu nem chão" teria ânsia de ser meramente metafórico, e como isto seria desejado! Mas a literalidade choca, como a sagrada água fria da pia nos rosto logo ao despertar.E é neste momento que, banhada pelas sacras águas da pia, estar nutrindo o que APENAS se sente por outra triste pessoa, poderá ser, aquilo pelo que nos valha lutar, possa vir a ser o nosso próprio 'valhalla' particular, no momento do retorno.O Retorno, certo como o filósofo, profeticamente proclamará outrora:"Tudo há de ser (além da lei), o eterno retorno".Creio que seja este apenas um ponto, a ser pontuado, dentre tanto que as tortuosas estradas da existência nos exigem.Anjo?

É apenas isto! Sentimentos transbordados para palavras, que talvez tenha sentido ou não, mas o que realmente importa é que são sentidos. E ainda que toda nossa existência não passe de uma realidade simulada em software, sentir é o que nos resta. Né Renê?