DA MORTE À VIDA EM VIDA

Grande parte dos brasileiros estão em quarentena, pois estão evitando testar positivo para a doença que está assolando o planeta terra. Por oportuno, faz-se necessário refletir sobre a vida. O que é a vida e a morte?

Para Platão, o corpo é o obstáculo do conhecimento, pois esse impede que a alma alcance o mundo ideal, o mundo das ideias, portanto a morte seria o caminho para se encontrar no ápice.

Já para Nietzsche, a vida passa de uma mera passagem se não for vivenciada, logo a vida vivida, nítida, forte, fazendo legados deixando memórias em outras pessoas, é uma vida bem vivida, então isso era morrer no tempo certo.

O que Nietzsche diz, faz muito sentido para mim. A vida terrena é mais palpável, pois há a possibilidade de vivenciar a vida, no aqui e agora, é uma escolha ou não tão simples assim...Se pegarmos a maior Capital do Brasil, São Paulo,por exemplo, é clara essa robotização, no qual as pessoas correm de um lado para o outro para aproveitar da melhor forma as 24h e se esquecem de viver, tornando-se escravos do tempo, então os dias, as semanas, os meses vão passando e a gente vai morrendo em vida, sem deixar nenhum espólio.

Para Platão, chegada a hora do corpo padecer é o caminho para a virtude, para vivenciar em morte a morte. Quem garante que haverá chance de festejar a vida na morte?

Portanto é necessário, nesse cenário caótico, nos voltar para dentro e refletirmos sobre a vida e a morte: será que já estou morto em vida e estou só esperando ser morto pelo COVID-19 e outras doenças? será que já vivi o suficiente que se eu morrer hoje estarei pleno?

O momento é de morte, muitos irão padecer, outros ficaram nulos por causa da morte, outros olharão tudo isso como uma oportunidade de ir da morte à vida em vida.

Eu estou começando a pegar folego como um recém-nascido...