Por sobre horizontes...

Noite desce as cortinas escuras até os pés. As ruas lotadas de solidão conversam com rastros se apagando em silêncios.

As pessoas se tumultuam em si mesmas. Ironicamente se exilam em seus lares. De forma talvez inédita, descobrem suas janelas internas. Há tantos horizontes em cada emoção. Há tanto “eu” no ser; E tanto “nós” em companhia de cada um.

Monólogos ganham madrugadas, traçando esperanças para o amanhã. As incertezas existem justamente para se fazer o presente bem vivido. E as dores, para provarem resistências. Não existem meios de locomoção que ultrapassem o tempo. Por isso, a ordem imposta para cada objetivo, deve obedecer, primordialmente, a nossa capacidade de espera. Os destinos se situam no mesmo espaço, porém cada um deve ter a audácia de dar o primeiro passo, com a intenção de se chegar a tais sinas e interesses.

A noite segue coberta de escuro, mas com estrelas nos olhos. E um luar clareia a calmaria.

O que acontece em tempos de dificuldades, apenas delata as fragilidades e desnuda todas as necessidades, em iguais proporções, no que diz respeito, ao físico e essencial da vida humana. O egoísmo e ganância infelizmente ainda mantêm terreno, nas mentes que só enxergam o material. A mídia e muitos detentores da fama, entre apresentadores, artistas, esportistas, empresários e políticos; E ainda tantas igrejas e seus representantes, com um patrimônio enorme, apenas falam, mas não concretizam ajuda a quem realmente precisa. A caridade e solidariedade, por sua vez, se fazem intensa e em grandes ações, a quem doa remédios, comidas, trabalhos e tantas outras coisas, junto ao amor e compreensão de cada um.

Deus sorri por sobre horizontes de igualdade e fraternidade.