Além da minha inteligência
Corro atrás dos últimos raios de sol
Tento segurar o dia entre as minhas mãos
Ele escapa, foge, desaparece, me esquece
A noite chega mascarando formas
Ocultando provas, rastros e vestígios
Nada mais é claro, nem minhas ideias
Sinto-me incerto se é um dia a mais ou a menos
Conto tempo de vida ou validade de existência?
Apego-me ao impalpável ou a ciência ?
O sol amanhã trará algo novo ou uma mera sequência ?
O que sou ante esse espaço de transcendência ?
Onde estão as regras, por que não há transparência ?
Não posso mais manter essa pseudo conveniência
É imperativo que decrete minha incondicional independência
Meus muros fragilizados não oferecem mais resistência
Definitivamente, viver está além da minha inteligência.