Hipertenso, Hipérbole e Hipócrita

Conto o mundo da varanda de casa, vivo o segundo que antecede a fala. E se penso que vai passar como uma curva da vida, sinto a falta que sempre vai ficar e repousar nos meus ombros.

Conto a mesma história tantas vezes repetida, sinto a batida no peito sob os escombros do que foi, do que vai e do que fica, as vezes é isolar-te na ilha de si e as vezes é sorri pra não chorar se o tempo fecha pra me testar todos os dias.

Conto sobre minha saúde, que anda como sombra se escondendo da realidade, que na minha idade ou é sucesso ou nada, ainda parece cedo se for ver bem, mas vai muito além das palavras, pois existem inúmeras verdades irremediáveis.

Quem sabe né? Talvez? Seja um ano, um mês, não existe cálculo, fé ou estupidez pra esse momento, só respiro atravessando meus desertos aguardando acontecer.

DLV
Enviado por DLV em 11/05/2020
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